quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Formação Continuada Setembro 2013


A Formação Continuada do Programa Brasil Alfabetizado do mês de setembro foi muito produtiva...

Teve inauguração oficial do blog...




Estudo e reflexão sobre a matriz de referência dos testes de entrada e saída do PBA...



Verificação das possibilidades didáticas de acordo com a psicogênese da língua escrita...


Apresentação de trabalhos realizados pelos alfabetizandos do programa...

Turma da Alfabetizadora Maria Ledir Martins

Artesanato Customizado - Alfabetizandos de São Leopoldo


Trabalhos realizados pelos alfabetizandos 


Projeto Livro de Receitas...
Momento de degustação das receitas apresentadas no livro.


Festa Junina - Alfabetizandos de Novo Hamburgo

Compartilhamos experiências, porque acreditamos que alfabetizar é muito mais do que ensinar a ler e a escrever.

sábado, 22 de setembro de 2012

Vale a pena ler



Organizado pelas Professoras Mestres em Educação Maria Fani Scheibel e Silvana Lehenbauer, este livro é resultado de encontros sobre a Educação de Jovens e Adultos com professores que atuam nessa modalidade de ensino. Nele teoria e prática se cruzam e se fundem sobre o ensino da EJA. Particularmente, gosto muito dos artigos: "Aproximação possíveis (ou não) entre a alfabetização de crianças e a alfabetização nas classes de EJA" e "A alfabetização na Educação de Jovens e Adultos: da reflexão sociolinguística para uma metodologia do ensino de Língua Portuguesa". 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Turma do PBA - Juraci Soares

O Senhor Juraci Soares tem uma longa caminhada no trabalho com alfabetização de jovens e adultos. Neste ano, o alfabetizador atende uma turma do Programa Brasil Alfabetizado no CTG Aparício Rillo no município de São Leopoldo. Comprometimento e simpatia são marcas do Seu Juraci. Parabéns pelo trabalho!





Turmas do PBA - Maria Ledir Martins

A alfabetizadora Maria Ledir Martins atende duas turmas do Programa Brasil Alfabetizado nos municípios de São Leopoldo e Novo Hamburgo. Seu sucesso nas classes de alfabetização é fruto do carinho que dedica aos alfabetizandos.


O trabalho em grupo é incentivado, pois ao trocar experiências se aprende melhor.


A hora do lanche é aquela festa!


Maria Ledir, seu trabalho é show!

Turmas do PBA - Nelise Gerhardt

A alfabetizadora Nelise Cristina Gerhardt atende duas turmas do Programa Brasil Alfabetizado no município de Novo Hamburgo. Seu trabalho com os alfabetizandos é fantástico, pois afetividade e criatividade não faltam em suas aulas. 






“Estudar não é um ato de consumir ideias, mas de criá-las e recriá-las.”
                                                                                  
                                                                             (Paulo Freire)                                                                                         



                                                                                                                                Parabéns, Nelise!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Paulo Freire - Grande Mestre


“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”. 








Quem é analfabeto nos dias de hoje?


Excelente história para refletir sobre o letramento e as práticas sociais.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Sugestões de Atividades para todas as Áreas do Conhecimento

Nome do caderno
Caderno Professor
Cultura e Trabalho
Diversidade e Trabalho
Economia Solidária e Trabalho
Emprego e Trabalho
Globalização e Trabalho
Juventude e Trabalho
Meio Ambiente e Trabalho
Mulher e Trabalho
Qualidade de vida, consumo e Trabalho
Segurança e Saúde no Trabalho
Tecnologia e Trabalho
Tempo livre e Trabalho
Trabalho no Campo

Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos


Excelente material para quem gosta ou trabalha com a Educação de Jovens e Adultos.

Materiais Didáticos

A Coleção Cadernos de EJA foi elaborada para o ensino fundamental de jovens e adultos, da alfabetização até a 8ª série. Ela poderá também ser utilizada, integralmente ou em parte, em outras situações de ensino, como nas experiências de educação não formal, apesar de seu foco ser o ensino fundamental de jovens e adultos ofertado pelas escolas públicas. A coleção segue as orientações curriculares do CNE, organizando os componentes e conteúdos em torno de eixos temáticos e tem o trabalho como eixo geral integrador desses temas.

A palavra-chave dessa coleção é flexibilidade. Ela é uma verdadeira ferramenta do trabalho pedagógico, pois dá liberdade ao professor para decidir o que quer ou não utilizar, em que ordem, com que finalidade. Essa flexibilidade permite que o professor, ao elaborar seu planejamento, possa inserir textos e atividades livremente enriquecendo seu dia a dia na sala de aula e a organização do processo ensino-aprendizagem. (...)

Cadernos Trabalhando Com a Educação de Jovens e Adultos:





sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Pedagogia do Oprimido



Escrito durante o exílio, quando morava no Chile, em 1968, o livro Pedagogia do Oprimido é considerado a obra mais completa e importante de Paulo Freire. Traduzida em mais de 20 idiomas, tornou-se referência para o entendimento da prática de uma pedagogia libertadora e progressista. Nela, estão os temas que sustentam a concepção freireana: conscientização, revolução, diálogo, cooperação, entre outras.
Moacir Gadotti, no livro Convite à Leitura de Paulo Freire, afirma que na Pedagogia do Oprimido a ótica de classe do autor “aparece mais nitidamente: a pedagogia burguesa do colonizador seria a pedagogia bancária. A consciência do oprimido encontra-se imersa no mundo preparado pelo opressor; daí existir uma dualidade que envolve a consciência do oprimido: de um lado, essa aderência ao opressor, essa hospedagem da consciência do dominador (seus valores, sua ideologia, seus interesses, e o medo de ser livre) e, de outro, o desejo e a necessidade de libertar-se. Trava-se, assim, no oprimido, uma luta interna que precisa deixar de ser individual para se transformar em luta coletiva”.
  
“A pedagogia tem de ser forjada com ele (o oprimido) e não para ele, enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade. Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto da reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua libertação, em que esta pedagogia se fará e refará." 


(FREIRE, Paulo. Pedadgogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.)

Quando Freire fala em pedagogia, ele não está falando apenas das relações que se estabelecem na escola e na sala de aula. A sua pedagogia está relacionada a todo esse contexto de opressão social e de falta de democracia que estamos apontando. Toda educação é política, assim como toda política é educativa. Não existe neutralidade. Portanto, o seu método dialógico, problematizador, não é apenas um método ou uma teoria pedagógica, mas uma práxis que propõe a libertação da opressão que predomina na nossa sociedade:



       “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.”

 (FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.)
  



Método Paulo Freire


                                                          

Não é possível se falar da compreensão de educação de Paulo Freire sem nos referirmos e nos determos numa parte intrínseca dela: o seu “Método de Alfabetização”. Esse vai além da simples alfabetização. Propõe e estimula a inserção do adulto iletrado no seu contexto social e político, na sua realidade, promovendo o despertar para a cidadania plena e transformação social. É a leitura da palavra, proporcionando a leitura do mundo. Suas idéias nasceram no contexto do Nordeste brasileiro a partir da década de 1950, onde metade dos seus 30 milhões de habitantes eram analfabetos, com predomínio do colonialismo e todas as vivências impostas por uma realidade de opressão, imposição, limitações e muitas necessidades. 
Freire aplicou, pela primeira vez, publicamente, o seu método no “Centro de Cultura Dona Olegarinha”, um Círculo de Cultura do Movimento de Cultura Popular do Recife (MCP) para discussão dos problemas cotidianos na comunidade de “Poço da Panela”.

Dos 5 alunos, três aprenderam a ler e escrever em 30 horas, outros 2 abandonaram o “curso”.
O método de alfabetização de Paulo Freire é resultado de muitos anos de trabalho e reflexões de Freire no campo da educação, sobretudo na de adultos em regiões proletárias e subproletárias, urbanas e rurais, de Pernambuco. No processo de aprendizado, o alfabetizando ou a alfabetizanda é estimulado(a) a articular sílabas, formando palavras, extraídas da sua realidade, do seu cotidiano e das suas vivências. Nesse sentido, vai além das normas metodológicas e linguísticas, na medida em que propõe aos homens e mulheres alfabetizandos que se apropriem da escrita e da palavra para se politizarem, tendo uma visão de totalidade da linguagem e do mundo. O método Paulo Freire estimula a alfabetização/educação dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, os participantes da mesma experiência, através de tema/palavras gerador(as) da realidade dos alunos, que é decodificada para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo. As experiências acontecem nos Círculos de Cultura.


      “Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las.”

 FREIRE P. (1982) Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra (6ª edição), pp. 09-12.


O “MÉTODO PAULO FREIRE” ESTÁ ESTRUTURADO EM TRÊS ETAPAS:


1) Etapa de Investigação: aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia.

2) Etapa de Tematização: aqui eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido.

3) Etapa de Problematização: aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.


Em seu livro Educação como Prática da Liberdade, Freire propõe a execução prática do Método em cinco fases, a saber:


1ª fase: Levantamento do universo vocabular dos grupos com quem se trabalhará. Essa fase se constitui num importante momento de pesquisa e conhecimento do grupo, aproximando educador e educando numa relação mais informal e portanto mais carregada de sentimentos e emoções. É igualmente importante a anotação das palavras da linguagem dos componentes do grupo, dos seus falares típicos.

2ª fase: Escolha das palavras selecionadas do universo vocabular pesquisado. Esta escolha deverá ser feita sob os critérios: a) da sua riqueza fonética; b) das dificuldades fonéticas, numa seqüência gradativa das menores para as maiores dificuldades; c) do teor pragmático da palavra, ou seja, na pluralidade de engajamento da palavra numa dada realidade social, cultural, política etc.

3ª fase: Criação de situações existenciais típicas do grupo com quem se vai trabalhar. São situações desafiadoras, codificadas e carregadas dos elementos que serão decodificados pelo grupo com a mediação do educador. São situações locais que, discutidas, abrem perspectivas para a análise de problemas locais, regionais e nacionais.


4ª fase: Elaboração de fichas-roteiro que auxiliem os coordenadores de debate no seu trabalho. São fichas que deverão servir como subsídios, mas sem uma prescrição rígida a seguir.

5ª fase: Elaboração de fichas para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes aos vocábulos geradores. Esse material poderá ser confeccionado na forma de slides, stripp-filmes (fotograma) ou cartazes.


“É mais do que um método que alfabetiza, é uma ampla e profunda compreensão da educação que tem como cerne de suas preocupações a natureza política.”



O  MEC realiza, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. O programa é uma porta de acesso à cidadania  e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade. O Brasil Alfabetizado  é desenvolvido em todo o território nacional, com o atendimento prioritário a 1.928 municípios  que apresentam taxa de analfabetismo igual ou superior a 25%. Desse total,  90%  localizam-se na região Nordeste. Esses municípios recebem apoio técnico na implementação das ações do programa, visando garantir a continuidade dos estudos aos alfabetizandos. Podem aderir ao programa, por meio das resoluções específicas publicadas no Diário Oficial da União, estados, municípios e o Distrito Federal. Saiba mais


Turmas do Programa Brasil Alfabetizado - 2ª CRE




Alfabetização de Jovens e Adultos


A Canoa

Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas 
de um lado para o outro.
Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora.
Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:
- Companheiro, você entende de leis?
- Não! - respondeu o barqueiro.
E o advogado compadecido:
- É uma pena, você perdeu metade da vida.
A professora, muito social, entra na conversa:
- Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
- Também não, respondeu o barqueiro.
- Que pena! Condói-se a mestra – Você perdeu metade de sua vida!
Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O barqueiro, preocupado, pergunta:
- Vocês sabem nadar?
- Não! Responderam eles rapidamente.
- Então é uma pena. - Conclui o barqueiro.
- Vocês perderam toda a vida!

“Não há saber maior ou saber menor. Há saberes diferentes”.

(Paulo Freire)